Você sabia que alguns cães podem apresentar fraqueza muscular intensa desde as primeiras semanas de vida, mesmo sendo aparentemente saudáveis ao nascer?

A Síndrome Miastênica Congênita (SMC ou CMS) é uma condição hereditária que afeta principalmente os músculos esqueléticos — aqueles responsáveis pelos movimentos voluntários.

Raças mais afetadas:

• Labrador Retriever

• Golden Retriever

O que causa a SMC?

Essa síndrome é causada por uma mutação genética que compromete a produção da enzima acetilcolinesterase (AchE) nas sinapses. Essa enzima é essencial para a comunicação entre os nervos e os músculos.

Quando está em falta, os sinais elétricos enviados pelo cérebro não são recebidos de forma eficaz pelos músculos — o que causa a fraqueza muscular progressiva.

Como identificar a SMC?

Os primeiros sinais aparecem cedo, entre 2 e 3 semanas de idade.
O cão afetado consegue correr ou brincar normalmente por 5 a 30 minutos, mas depois:

• Seus passos ficam curtos e hesitantes

• Ele pode colapsar repentinamente

• Após um breve descanso, recupera os movimentos — mas a fraqueza volta com o esforço físico

Esse ciclo de melhora e recaída se repete constantemente, limitando muito a qualidade de vida do animal.

Atenção: SMC não é miastenia gravis

Apesar dos sintomas parecidos, são doenças diferentes:
🔹 Miastenia gravis é autoimune
🔹 SMC é genética, causada por herança recessiva

Por isso, o teste genético é essencial para diferenciar as duas condições e fechar um diagnóstico correto.

Prevenção começa com a genética

Como a SMC é causada por uma mutação recessiva, cães portadores da mutação parecem saudáveis, mas ao cruzarem com outro portador, têm 25% de chance de gerar filhotes afetados.

💡 Por isso, não se deve acasalar dois portadores. O teste genético permite identificar os cães com a mutação e evitar a transmissão para as futuras gerações.

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