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Terapia Alvo para o Tratamento do Câncer em Pets
Nos últimos anos, pesquisas aprofundaram o entendimento sobre as mudanças genéticas que transformam uma célula saudável em tumoral, levando à sua divisão descontrolada e capacidade de metástase. Essas alterações no DNA e RNA são foco central dos estudos sobre câncer, buscando novas abordagens terapêuticas.
Por muito tempo, os tratamentos convencionais incluíam cirurgia, quimioterapia e radioterapia, até que a terapia-alvo surgiu como alternativa inovadora. Esse tratamento utiliza medicamentos específicos para bloquear alvos moleculares responsáveis pelo crescimento do tumor, interferindo diretamente na proliferação celular e resistência à morte programada.
O primeiro medicamento desenvolvido com essa abordagem foi o imatinib, que inibe a proteína BCR-ABL1, essencial para o crescimento da leucemia mieloide crônica. Na medicina veterinária, o imatinib também mostrou eficácia ao atuar sobre outros alvos moleculares, como c-KIT, mutação presente em muitos casos de mastocitoma canino. Outro exemplo é o toceranib, usado no tratamento de mastocitomas e outros tumores em cães.
Na medicina humana, mais de 300 moléculas de terapia-alvo já foram aprovadas, e algumas, como sorafenib e lapatinib, vêm sendo estudadas para uso veterinário. Embora mais pesquisas sejam necessárias, essas terapias representam um avanço significativo e uma nova esperança para cães com câncer e suas famílias.
P53 o guardião do DNA e seu papel na Resistência ao Tratamento Tumoral em Cães
Assim como nas nossas células, cães e gatos também possuem vários mecanismos de proteção que atuam para evitar o desenvolvimento tumoral. Um desses mecanismos é desempenhado por uma proteína essencial chamada p53, conhecida como o "guardião do DNA". A p53 tem a nobre função de proteger a integridade do material genético, ou seja, do DNA. Graças à ação dessa proteína, nosso organismo consegue evitar o desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Podemos destacar quatro funções principais do p53: 1. Reparação de DNA: Quando há danos ao DNA, causados por radiação, toxinas, entre outros fatores, a p53 é ativada para coordenar...