Conheça sobre os Spitz e as doenças de maior prevalência na raça.

Conheça sobre os Spitz e as doenças de maior prevalência na raça.


O Spitz é uma família de origem antiga que remonta os lobos tanto pelo comportamento dominante quanto pelas características físicas como orelhas pontiagudas, focinho fino e pronunciado e posição da cauda.

São divididos em 3 grandes sub categorias:

  1. Spitz Lobo (KEESHOND);
  2. Spitz Alemão Grande, Médio e Pequeno;
  3. Spitz Alemão Anão/Pomerânia.

O Spitz Lobo é o mais voltado aos traços originais. Alegre, agitado e extremamente observador. Em especial ao dono e à família.

Quem o observa pode até julgá-lo ameaçador, mas é bem gentil e pouco agressivo.

O Spitz Grande, Médio e Pequeno são cativantes. Apresentam juba e cauda bem cheia e um andar gracioso. Apesar de felpudo, apresentam características de raposa que o tornam gracioso como as orelhas de bases próximas e eretas. Mas não se engane com a fofura, são cães bem espertos.

Já o Lulu da Pomerânia, hoje, é o mais popular dentre os Spitz. Vem ganhando fama ao longo dos anos desde a sua introdução como favorito da Rainha Victoria na corte inglesa no século XIX. Além de ser o xodó de figuras famosas como Michelangelo e Chopin cuja composição “Valse des Petits Chiens” teria sido dedicada a sua cachorrinha de estimação.

O nome Pomerânia se refere a sua origem geográfica, a Pomerânia é uma região histórica e geográfica situada no norte da Polônia e da Alemanha na costa sul do mar Báltico, entre as duas margens dos rios Vistula e Odra, chegando ao rio Reckntz à oeste.

Um atributo apaixonante do Lulu é sua inteligência, é atribuído em 23° posição em inteligência segundo Stanley Coren em seu livro “A inteligência dos Cães” de 1995. Ou seja, é muito comum encontrar tutores que não sabem lidar com sua sagacidade e acabam sucumbindo a todos os gostos destes adoráveis companheiros. Mas quem pode julgá-los, não?

Agora vamos conhecer as doenças de maior prevalência presente na raça. 

Mielopatia Degenerativa (Gene: SOD1)
A mielopatia degenerativa é uma doença neurológica que afeta diversas raças de cães entre 5 e 7 anos.

Embora a mielopatia degenerativa seja mais frequente em Pastores Alemão, ocorrem em diversas outras raças como Spitz e Cão-Esquimó-Americano, Welsh Corgi Cardigan, Golden Retriever, Kerry Blue Terrier, Poodle, Pug, Rhodesian Ridgeback, Husky Siberiano, Fox Terrier pelo duro e outros.

O teste diagnóstico ouro é realizado por avaliação post mortem, ou seja, apenas mediante avaliação do tecido neurológico após a morte é possível fechar o diagnóstico. Assim, entende-se que a mielopatia degenerativa é uma doença subnotificada uma vez que pouquíssimos animais são submetidos a exames após o óbito.

Os sinais clínicos são muito semelhantes à ELA (Esclerose lateral aminiotrófica) em humanos. As alterações são causadas pela destruição imunomediada de uma parte dos nervos da medula espinhal, levando à perda dessas fibras nervosas e a ataxia dos membros posteriores progredindo para membros anteriores e paralisia total.

Felizmente, a Box4Dog disponibiliza o teste genético que detecta se seu cão tem ou não a mutação no gene SOD1, causadora da mielopatia degenerativa.

Referências

  1. Awano, Tomoyuki, et al. "Genome-wide association analysis reveals a SOD1 mutation in canine degenerative myelopathy that resembles amyotrophic lateral sclerosis." Proceedings of the National Academy of Sciences106.8 (2009): 2794-2799.
  2. CAPUCCHIO, M.T.; SPALENZA, V.; BIASIBETTI, E.; BOTTERO, M.T. Degenerative myelopathy in German Shepherd Dog: comparison of two molecular assays for the identification of the SOD1:c.118G>A mutation. Mol. Biol. Rep., v.41, p.665-670, 2014.
  3. Dewey, C. W., and RC COSTA. "Mielopatias: doenças da medula espinhal." Neurologia de cães e gatos. Guia prático(2006): 163-196.
  4. Santos, C. R. O., et al. "Achados clínicos, histopatológicos e moleculares da mielopatia degenerativa canina: relato de caso." Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia72 (2020): 339-345.

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